Amilton Carniel Guimarães, Diretor Técnico, CRM/SC 8079
Amilton Carniel Guimarães, Diretor Técnico, CRM/SC 8079

Dr. Amilton Carniel Guimarães fala sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais

Programa Saber Viver

Doenças Inflamatórias Intestinais

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são um grupo de condições médicas crônicas que afetam o trato gastrointestinal, principalmente o intestino delgado e o intestino grosso. As duas principais formas de DII são a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa.

Doença de Crohn:

A doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, mas é mais comum no íleo terminal (a parte final do intestino delgado) e no cólon. Causa inflamação transmural, o que significa que afeta todas as camadas da parede intestinal. Os sintomas incluem dor abdominal, diarreia, perda de peso, fadiga, febre e, em alguns casos, formação de fístulas (conexões anormais entre órgãos) ou estenose (estreitamento) intestinal.

Colite Ulcerativa:

A colite ulcerativa afeta principalmente o cólon e o reto, causando inflamação na camada mais interna da parede intestinal. Os sintomas incluem diarreia com sangue, cólicas abdominais, urgência em defecar e perda de peso. Diferentemente da doença de Crohn, a colite ulcerativa geralmente não causa fístulas ou estenoses. Ambas as DII são condições crônicas e podem ter períodos de atividade (chamados de surtos) e remissão. As causas exatas das DII não são completamente compreendidas, mas acredita-se que envolvam fatores genéticos, imunológicos e ambientais.

O diagnóstico das DII envolve exames de sangue, endoscopia, colonoscopia, biópsias e exames de imagem. O tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e manter a remissão. Isso geralmente é feito com medicamentos, como anti-inflamatórios, imunossupressores ou terapias biológicas. Em casos graves ou complicados, pode ser necessária cirurgia para remover partes do intestino afetadas.

As DII podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e exigem acompanhamento médico regular. É importante seguir o plano de tratamento prescrito pelo médico e fazer as mudanças necessárias no estilo de vida, como manter uma dieta adequada e reduzir o estresse, para gerenciar melhor a condição.